sexta-feira, 22 de abril de 2016

Bonjour Paris - Comendo e correndo

Já disse isso aqui no blog uma vez: esqueça a fama de mal humorados dos franceses com crianças. Nas duas vezes em que estivemos na França com o João fomos a diversos restaurantes e as experiências foram sempre as melhores!
Registro aqui alguns restaurantes e os prós e contras de cada um. 

1. Les Fines Gueules (2 Rue de la Vrillière, 75001 Paris)
Contras: bem apertado, muitas escadas e sem trocador no banheiro (tive que trocar o João na tampa da privada)
Prós: comida maravilhosa e você comerá mais do que deve, mas gastará todas as calorias subindo e descendo as escadas atrás do seu filho. 

2. Le Grand Colbert (2 Rue Vivienne, 75002 Paris)
Contras: ambiente chicudo com muita coisa para o João quebrar. Sem trocador no banheiro feminino. Pode ser que tivesse no banheiro para cadeirantes. 
Prós: Staff simpático que disfarça bem o medo de que algo seja quebrado. 

3. Le Petit Sommelier (49 Avenue du Maine, 75014, Paris)
Contras: poucas opções de comida mais simples para criança. A sorte é que o João está acostumado a comer de tudo, então mandou ver na galinha d'angola. 
Prós (naquele dia...): como o restaurante estava vazio, tinha bastante espaço para correr e brincar. 

Adoramos sair para comer fora, mas é lógico que com o João essa frequência cai consideravelmente. Procuramos sempre reservar restaurantes para o almoço, quando o humor do João é mais previsível e a refeição é mais informal.
Na maioria das noites acabamos comendo em casa e os prós são a economia e a sensação mais relax. João pode chorar, gritar de alegria, babar água na mesa que nós não ficamos preocupados com clientes e funcionários  incomodados. 
Aliás, percebemos que na maioria das vezes os maiores incomodados somos nós mesmos, que nos preocupamos em demasia com o possível incômodo alheio. 
A ordem, então, é: relaxa e come!















Bélgica de carro

Quarta foi dia de pegar a estrada. Alugamos um carro e João nos levou em segurança até Zulte, na Bélgica.
Enquanto esta selfie automobilística era tirada, papai suava para instalar a cadeirinha do João no banco de trás. Cada país tem um sistema e cada locadora um tipo de cadeirinha, o que torna um desafio a instalação. Provavelmente o funcionário da locadora toparia instalar por uma graninha extra, mas confio sempre na habilidade do maridão!

O motivo da visita à Bélgica dessa vez era ainda mais nobre: conhecer a pequena Femme, filha de amigos queridíssimos! 
João chegou e, curioso que só, já foi ver a amiguinha. 

E de tanto fazer cara de pidão, ganhou um espacinho no berço. 
Se o berço fosse dele ele teria passado longe...

Depois do almoço visitamos esse cemitério da 1ª Guerra que fica no centro da cidade.
João, alheio à finalidade do local, correu como se estivesse em um parque. Talvez ele não estivesse tão alheio assim, já que diversas vezes pegou florzinhas no chão e as colocou sobre as cruzes. Bom, acho que era só brincadeira de empilhar coisas mesmo...

De tanto correr sem meia, João teve bolhas nos dois pés e o jeito foi ele visitar o museu de arte moderna da cidade descalço. 

E como prêmio pelo ótimo comportamento em viagens, João ganhou seu primeiro gole de milk shake. 
Tivemos que tirar o canudo da boca dele para que um gole não virasse um copo!

Voltamos para a casa dos amigos e caminhando pelos arredores encontramos esse homem cuidando de ovelhas. Mesmo sem falar inglês e a gente não falando holandês, ele conseguiu expressar toda a sua gentileza ao permitir que o João desse até mamadeira para a ovelhinha. 

No dia seguinte, como bom menino da cidade grande, João se encantou com os bichos no parque De Brielmeersen, em Deinze. 

E mais uma vez correu loucamente, explorando o local. 

A última parada antes da volta para Paris foi o paraíso na terra: FRITUUR. Se um dia você estiver na Bélgica e vir uma plaquinha com esse nome, entre correndo e coma tudo o que conseguir. O lugar é sempre uma perdição!

João, seguindo a vibe de experimentar coisas novas (e não recomendadas pelos pediatras), provou sua primeira batata frita belga. 
Ele gostou mais de brincar com as batatas do que comer e a brincadeira favorita era dar a batata para mim. Adorei a brincadeira! 

Nós três amamos a viagem e, claro, amamos conhecer a princesa Femme. Esperamos que um dia ela nos visite no Brasil e nós possamos retribuir toda a hospitalidade com muita coxinha e suco de açaí! 


    De Brie








segunda-feira, 18 de abril de 2016

Bonjour Paris - Primeiros passeios

João esteve em Paris com dez meses e voltou agora, dez meses depois. Que diferença! A cidade é a mesma, mas o olhar é completamente diferente. 
Tudo é mais devagar e o tempo que vamos gastar em um passeio depende do grau de encantamento dele e da energia despendida com a exploração do lugar. 

Pretendíamos só passar pelo Palais Royal para cortar caminho e o resultado foram longos minutos de exploração.
Que criança não se encanta com esse lugar?! Eu mesma não conseguia parar de pular de um "pódio" para o outro. 

Quando finalmente conseguimos tirar o João (e eu) dali, demos de cara com uma fonte e um pato. Nova parada e novo olhar extasiado. A fascinação pelo pato só acabou quando ele saiu da água e veio em direção ao biscoito na mão do João. Garoto esperto...

 Paramos para almoçar no Le Grand Colbert (vide filme Alguém Tem Que Ceder) e João deu uma de entendido com o menu. 

Barriga cheia e o sono começou a bater. 

Pusemos o João de volta no carrinho e encaramos a caminhada de 3km até a Promenade Plantée, um jardim suspenso imperdível! Ele dormiu praticamente todo o percurso e chegou ao destino bem humorado e cheio de energia. 

Queria mostrar todas as suas descobertas. 

E não se cansava delas. 

Gostou tanto das tulipas...

que quis senti-las mais de perto. 

Voltamos para casa e o dia animado acabou sem pressa na sacada do apartamento que alugamos. 

E depois de duas noites confuso no fuso, em que o João dormiu só depois da uma da manhã, ele finalmente entrou nos eixos e dormiu no seu horário normal. 
Desbravar cansa!








sábado, 16 de abril de 2016

A caminho de Paris

Ó nóis aqui traveis! Lá vamos nós pegar a estrada (no caso o céu) de novo, dessa vez rumo a Paris.
O motivo é nobre: aniversário de um grande amigo. Não que a gente precise de desculpa para viajar, mas que foi um ótimo motivo para ir para Paris, ah, foi!

João e seu encantamento por aviões. Não sei se será uma paixão eterna ou se é só a fase dos meios de transporte, mas sei que o descanso de ficar correndo pelo saguão de embarque foi bem vindo. 

Na hora do check in conseguimos com pontos um upgrade para a executiva. Preciso dizer quem mais aproveitou? 
Preciso... Foi o Fernando, que ficou sozinho na poltrona gigante dele. Eu me espremi com o João na minha e tive que me desdobrar para entretê-lo num voo diurno. 

Mas não se iluda... Nós NUNCA viajamos de executiva. No máximo um pouquinho mais de espaço na premium. Foi a primeira vez do João e ele desfrutou cada segundo desse mundo que não lhe pertence. 😀😀
Se esse mundo também não te pertence, venha conosco desvendar o que fazem os ricos e famosos da classe executiva (e o povão que tem programa de milhagem): 

1. Eles comem com talheres de metal 
Você não pode ter uma pinça na sua bolsa de mão, mas o povo chique da executiva recebe facas pontiagudas. 

2. Eles demonstram todas as regras de etiqueta que possuem
Bom, nem todos são assim tão finos e educados. Um chato fez "Shhhhh" depois de uma gargalhada do João. 

3. Eles comem de novo
Tem jeito melhor de passar o tempo?!

4. Eles dormem deitados
Com exceção dos executivos atarefados (vide ao fundo), que passam o voo inteiro trabalhando no laptop. Se era pra ficar sentado o tempo todo podia ter trocado com alguém da econômica...

Passamos bem e o voo até parece que passou mais rápido. Na próxima viagem, quando eu passar pela classe executiva, a caminho da econômica, vou só passar raiva... Rs