Austin e os eventos esperados e inesperados

A ida para Austin estava meticulosa preparada desde fevereiro, quando super Fernando comprou para mim os melhores ingressos possíveis para o show do Green Day na cidade. 

Assim, o evento mais esperado dessa viagem, pelo menos por mim, era o show! E valeu cada minuto da espera!!!

Continuando com os eventos esperados, em Austin fomos a parques onde João correu livre e loucamente. 

E paramos em todos os parquinhos que vimos. 

Como era de se esperar, o jogo de futebol americano foi um grande evento. 

João não esperava encontrar feijão no seu prato, depois de tantos dias com cardápios nada brasileiros, mas assim que viu, mandou ver em duas pratadas. 

O encontro casual de uma bexiga presa na grade também foi motivo de alegria, tanto quanto o encontro de feijões. 

Mas depois de tanta andança e comilança, João ter dormido em seu carrinho foi o mais previsível de todos os eventos!!!

Viva San Antonio!!!

Querido João do futuro, aqui está um resumo do que aprontamos em San Antonio e no caminho até lá. 

Na viagem de Dallas para San Antonio, você ficou feliz ao conseguir segurar no PQP com a ajuda de um cabide. Apesar do grande feito, você ainda não sabe que chamamos esse treco de PQP. 

Visitamos o Alamo e é provável que você não se lembre do filminho a que assistimos sobre a história do local. Sugerimos, portanto, que você acesse este link para refrescar a memória: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Álamo

O que talvez permaneça vivo na sua memória seja seu trauma de ver um gramadão desses e não poder sair correndo. Você gosta tanto de correr na grama que foi difícil não cometer essa pequena transgressão. 

Saímos do Alamo e fomos visitar La Villita, um lugar lindo, cheio de lojas e restaurantes descolados. Seu pai mostrou por ali que, além de também ser descolado, é muito forte! Ele carregou seu carrinho por várias escadarias, algumas das vezes com você dentro. 

Ainda caminhamos pelo River Walk e conversamos com os patos. Não sei se o mais estranho foi a gente ter falado com eles ou eles terem aparentemente respondido. 

Toda essa andança deu fome e nós fomos almoçar no Augie's Barbed Wire Barbecue. Você comeu linguiça apimentada e tomou uns dois litros de água depois de cada pedaço. 

Papai e mamãe comeram brisket e ficaram tão cheios que precisaram de uma caminhada depois. Vimos um amplo gramado na frente do restaurante e não pensamos duas vezes para te levar até lá. 

Tudo ia bem e revezávamos na corrida atrás de você quando o papai percebeu umas coisas passando voando sobre as nossas cabeças. A nossa diversão ainda durou alguns perigosos minutos, até ele ver também inúmeras bolinhas pelo chão e perceber que estávamos sobre um campo de golfe em plena utilização!!! 

Saímos correndo de lá, você sem entender muito bem o nosso desespero e um pouco triste por ter que devolver para o campo o "ovo de dinossauro" que você havia encontrado no chão. 

Andamos mais, passeamos pela cidade e na caminhada até o restaurante do jantar encontramos esse parquinho. 

Você brincou com as crianças da cidade e gastou seu inglês com elas. Fica aqui o registro de que o seu inglês com 3 anos já está melhor do que o meu com 12. 

Antes de chegarmos ao restaurante ainda passamos pelo King William Historical District e você gentilmente topou embelezar a paisagem. 

Depois de muito caminhar, chegamos ao Bliss e o jantar foi ótimo, mas não podemos dizer o mesmo do fotógrafo. 

Você dormiu no seu carrinho na volta e não viu as luzes da cidade. Também não viu os sorrisos nos rostos dos seus pais, que estavam felizes da vida por terem tido, até quase dez da noite, a sua tão iluminada companhia!

E dá-lhe mais Dallas!

Segundo dia explorando Dallas e tivemos que nos dividir para aproveitar melhor. 

Enquanto eu fui ao Museu do 6° Andar, localizado no prédio de onde partiram os tiros que matou JFK,

o Fernando e o João foram ao aquário. 

O reencontro foi a tempo de irmos almoçar num autêntico restaurante Tex Mex, onde o João mais uma vez se acabou de comer arroz e feijão. 

De lá fomos direto para Fort Worth, ver um desfile de gado long horn, vulgo chifrudo, e conhecer um pouco dessa vila com cara de Velho Oeste. 

A experiência com animais ainda teve um plus, depois que a vendedora de uma loja nos disse que um circo se preparava para se apresentar na cidade e que os elefantes já tinham chegado. 

João viu dois deles presos num estacionamento e não se empolgou muito, talvez porque a situação deles não era muito empolgante mesmo. 

Para finalizar o dia e a experiência, João encheu a cara de água no Saloon, deixando até o cara de boi aí de cima com cara de espanto. 

"Dallas é no Texas, mamãe?"

O plano era sair de Oklahoma City bem cedo, para chegarmos logo a Dallas e aproveitar o dia por lá, mas enquanto fechávamos as malas percebemos que havíamos esquecido a garrafinha de água do João no restaurante onde jantamos na noite anterior. 

Falamos para ele que iríamos lá resgatar a "água do macaco", mas descobrimos que o restaurante só abria às 17h. O jeito foi mudar a abordagem e dizer que o Papai Noel resolveu passar lá e levar a garrafinha para crianças que não tinham nenhuma e que, por ajudá-las, o João ganharia uma novinha em folha! 

Passamos no Walmart e lá João ganhou a "água do Mickey" e a "água do Homem Aranha". Achamos melhor comprar duas logo porque vai que o bom velhinho resolve aparecer de novo ao longo da viagem...

Por conta do atraso na viagem, antes de chegarmos a Dallas bateu aquela fome de almoço e entramos numa cidadezinha chamada Davis para comer e para o João esticar as pernas (e o pescoço). 

Como era dia do trabalho e a cidade era bem pequena, muita coisa estava fechada, mas conseguimos achar um restaurante mexicano com arroz e feijão que fez a alegria do João!

A alegria foi completa quando no jantar fomos a uma steak house e ele se entupiu de "carninha". 

Como jantamos cedo e aqui escurece tarde, no caminho de volta para o hotel ainda conseguimos aproveitar um parque que encontramos por acaso. 

Primeiro João se acabou de correr na grama. 

Depois correu dos jatos de água nessa fonte que foi invadida pelas crianças e, dizem por aí, por algumas mães também. 

A noite caiu e a energia do João continuava lá em cima. Conversamos com ele e combinamos que ele teria mais três minutos antes de sair. Foram três minutos intensos e muito molhados! 

Como andamos sempre com algumas trocas de roupa desde que o João parou de usar fraldas, tínhamos roupas sequinhas à mão. Só não tínhamos toalha e o jeito foi improvisar com um moletom que também estava na mochila. 

O dia foi longo e cansativo, mas foi principalmente um dia feliz!

Get your kicks on Route 66

Depois de no dia anterior passear por Oklahoma City, resolvemos explorar o trecho da Rota 66 entre Oklahoma e Tulsa. 

Tanque cheio, água e biscoito na mochila e lá fomos nós!

O caminho é feito de muitas paradas interessantes e históricas e como estamos em ritmo de férias, paramos em tudo que chamou nossa atenção.

Teve foto da plaquinha básica. 

E de carro antigo enferrujado. 

Teve parada para o almoço num restaurante literalmente de beira de estrada, às margens da rodovia. 

Também encontramos no caminho o maior incentivo do João para conhecer a Rota 66!

Além de encontrar o McQueen no Rock Café, João ganhou sorvete de graça e ainda pôde escrever na parede do banheiro. Muita diversão reunida!

Paramos também no Pops (www.pops66.com/arcadia-ok-on-route-66), um lugar com 700 tipos de refrigerante! Eu não bebo refri e mesmo assim me animei a experimentar um do México, sabor tangerina. Fernando tomou um alemão, sabor limão-horrível-dos-inferno. João só posou para foto, já que continua sem saber o gosto de qualquer refrigerante. 🙏🏼

O percurso é mesmo muito interessante, mas nem sempre dá para ver tudo o que a gente quer...