domingo, 31 de maio de 2015

7 Pecados Capitais com 1 Bebê

Suspendendo os posts de Paris e antes mesmo do post sobre nossa ida a Bordeaux, escrevo sobre a nossa volta de lá. Seu alto teor "pecaminoso" precisa ser rapidamente dividido. 
Voltamos hoje de trem, numa viagem que durou 3h30 no relógio de pulso, mas uma vida no biológico. 
O primeiro pecado, a INVEJA, aconteceu assim que um casal entrou no corredor do trem com uma bebê num carrinho super hi-tech e minúsculo. O pai dobrou o carrinho em três e o guardou no compartimento acima das nossas cabeças. O do João entalaria no corredor e teve que ser colocado pelo Fernando no compartimento de carga, junto com a mala, enquanto eu entrava no trem com o João no colo, a
minha bolsa, a bolsa de fraldas e a aparência de um burrico mexicano atravessando o deserto. 
Quando vi o tamanho que o carrinho deles ficava, olhei para o Fernando e falei: "olha bem a marca, entra agora na Amazon e vê se tem pra vender!"
E não é que tem!?!? Mas aí que entra o segundo pecado capital... A AVAREZA, agravada pela alta do dólar. Achamos muito caro e decidimos que sai mais barato fazermos força e depois gastar com Dorflex.  
A viagem começou e logo mais um pecado se manifestou. João estava simplesmente IRADO, possuído por uma agitação que não é dele. Ele não parava quieto, escalava meu colo para puxar o cabelo da pessoa sentada atrás de mim, gritava, chorava. 
Enquanto isso, o casal e a bebê dormiam tranquilamente na cabine ao lado. Eles pagaram para a menininha ter um assento e a mãe pôde ir praticamente deitada com ela. Não aguentei e tirei uma foto rapidinho só para ilustrar a grama mais verde do vizinho. 

A bebê também mamou tranquilamente e o João, diante da cena, gritava ainda mais, cobiçando a mamadeira dela. Pura GULA, porque ele havia acabado de se encher de banana e biscoito. O pai da menina chegou a perguntar se fazia tempo q ele não comia. Quase falei: "monsieur, acha que dá pra alguém ter bochechas deste tamanho ficando muito tempo sem comer???"
A viagem seguia e o João seguia possuído pelo espírito da bagunça. Cansou de ficar no colo e uma bela hora resolveu que bater na janela com força era divertido. Para ele sim, mas para o restante do vagão não muito. 

Com muito custo fizemos ele mudar de atividade. Ele só sossegou quando começou a rasgar papel. 
Deixamos ele sujar tudo e depois limpamos, mas pelo menos ele ficou quieto por quase meia hora. Pelo jeito, rasgar o livro de colorir Jardim Secreto deve acalmar mais do que pintá-lo...
Durante a rasgação, a bebê ao lado brincava candidamente com uma bonequinha de pano fofa e a cara de SOBERBA da mãe dela ao ver o João rodeado por papel picado chegou a ser engraçada. 
A viagem finalmente acabou e aí foi outro perrengue no metrô de Paris até o apartamento com o carrinho, as bolsas, uma mala grande pesada e as mil escadas para subir e descer. Não deu nem tempo para ter PREGUIÇA. 
Saímos do metrô e estava caindo uma bela chuva. Chegamos em casa molhados, sujos de banana, papinha sabor peixe, papel picado e farelo de biscoito. 
Se não tivemos tempo pra preguiça, imagina pra LUXÚRIA...

P.S. informativo - Este é o Yoyo, carrinho invejado:







quinta-feira, 28 de maio de 2015

O que fazer com um bebê em Paris? Versailles e Giverny

Desta vez, como tínhamos mais tempo, resolvemos explorar os arredores de Paris. Um dia visitamos o palácio de Versailles e no outro os jardins de Monet, em Giverny. 
É possível chegar facilmente a ambos os destinos de trem. Valem a visita para quem tem alguns dias sobrando e já fez o tour obrigatório em Paris: Torre-Arco-Notre Dame-Louvre.

Andamos bastante pelos jardins de Versailles e vimos as diversas construções que existem ao redor do palácio. 
A chuva ia e vinha e ora púnhamos a capa no carrinho do João, ora deixávamos que ele fosse, literalmente, de cara para o vento. 

Claro que esse tempinho frio e chuvoso rendeu para o João um nariz escorrendo, mas nada preocupante ou que atrapalhasse o restante da viagem. O fato de ele se recusar veementemente a usar meias também contribui para isso...

O mais importante foi que ele ficou encantado com a visita e amou a Galeria dos Espelhos. 

Fez até selfie... Rs

Em Giverny também teve selfie clássica, na frente do espelho. Só não foi no espelho da academia nem do elevador, foi na casa do Monet mesmo. 

O lugar é lindo e a sensação ao passar por essa ponte é a de entrar no quadro. 

Qualquer semelhança não é mera coincidência!

Os jardins ao fundo da casa também são lindos. Inspirado por tanta beleza e querendo ajudar, João resolveu fornecer adubo orgânico para as flores. 

A fralda foi para o lixo, claro, e as florzinhas acabaram sem o adubo. Em compensação, ganharam uma grande concorrência no quesito aroma... 











segunda-feira, 25 de maio de 2015

O que fazer com um bebê em Paris? Ir à Disney!

Pegamos um trem (RER) e fomos conhecer a Euro Disney. 
É quase uma hora de RER até a estação Marne-la-Vallée, que fica na porta dos parques. Eu nem sabia que havia dois parques até chegar lá!
Fomos apenas à Disneyland Paris e deixamos o Walt Disney Studios para a próxima vez. 

Abaixo a minha alegria de estar novamente na Disney e a do João de ter conseguido arrancar as meias e o sapato. 

Almoçamos com os personagens no restaurante do hotel localizado bem na entrada do complexo. 

O João tentou comer o nariz da Minnie...

o do Mickey...

e o do Tico (ou Teco?). 

Depois de, nos últimos dias, experimentar foie gras, escargot, pato, coelho e galinha d'angola, acho que ele quis dar continuidade na degustação de pratos exóticos. 

Adoramos a Disney europeia, apesar de ela ser bem diferente da americana em vários aspectos. Não espere a mesma limpeza, organização e cordialidade dos funcionários. Mesmo assim, a magia está lá e é contagiante!

Também gostamos porque há muitos brinquedos em que o João pôde ir conosco e é sempre uma delícia ver a carinha dele diante de coisas novas. 

Além dos brinquedos pacatos e calminhos, feitos especialmente para as crianças, tem também os radicais, montanhas-russas e afins.
Nesses usamos o sistema que aqui eles chamam de "baby switch", em que um dos pais pega a fila enquanto o outro fica com o bebê. Quando o primeiro sair do brinquedo, fica com o bebê enquanto o outro já entra direto, sem pegar fila de novo. Funcionou perfeitamente!!!

Deveríamos ter usado esse sistema no Pirates of The Caribbean, mas o jeitinho brasileiro falou mais alto.
Já tínhamos ido a esse brinquedo no Magic Kingdom, com o João. É um passeio de barco tranquilo por cenários que retratam piratas em diferentes situações, todas bem legais. O filme, inclusive, foi baseado nesse brinquedo. 
Bom, quando pegamos a fila do brinquedo aqui na Euro Disney, com o João no colo, uma funcionária veio correndo perguntar quantos anos ele tinha. Aí que entra o jeitinho brasileiro porque eu, aproveitando que ele tem nove meses mas é grandão, falei que ele tinha um ano. Fomos então liberados. 
Na fila, o Fernando até disse: "devíamos ter falado para ela que já fomos no de Orlando e não tivemos problemas". 
O problema foi no de Paris, que é muuuuuiiiito mais radical do que o de Orlando!!! Não deveríamos ter mentido a idade do João porque aquele brinquedo não é para bebês!
Eu segurava o João com força para ele não sair voando, ao mesmo tempo em que o Fernando me segurava, porque estávamos na primeira fila e eu não tinha nem onde apoiar os pés direito. 
Abaixo, o registro da insanidade e nossas caras de desespero ilustrando bem a experiência. 
Compramos a foto, claro! Vai ficar como uma recordação para nunca mais fazermos isto de novo!










sábado, 23 de maio de 2015

O que fazer com um bebê em Paris? - Parte I

Para quem acha que Paris e bebê não têm nada a ver, mostro algumas coisas que o João fez nos últimos dias e seus pontos positivos e negativos. 

Ir para vários lugares de metrô. 
+ a rede de metrô de Paris é imensa e pode-se chegar a praticamente qualquer lugar da cidade;
- não há elevadores em todas as estações. Por vezes são lances e lances de escada carregando o carrinho e o bebê no braço. 

Dar um relax em parques (na foto, o Campo de Bagatelle, onde o Santos Dumont voou pela primeira vez com o 14Bis):
+ Paris tem diversos parques e bosques muito convidativos para um piquenique. Refeição barata e super divertida;
- João come a grama. Refeição gratuita, porém super suja. 

Ir aos melhores restaurantes:
+ ao contrário do que se imagina, bebês são muito bem recebidos nos restaurantes em Paris. Até agora o João tem sido mimado com brindes, carinhos e brincadeiras;
- a conta em euro. 

Ir a museus (na foto, o Museu Picasso):
+ o bebê se distrai com as cores e as pessoas ao redor e os pais podem aproveitar mais;
- mas não se iluda, bebês enjoam da mesma coisa. Tem que circular rápido entre uma obra e outra e a visita acaba sendo mais curta do que de costume. Não dá nem tempo de fazer aquela cara blasé de entendedor de arte. 

Outros posts virão porque o João tem feito muita coisa por aqui, mas se teve algo que ele fez muito bem foi a alegria dos avós maternos com esse encontro, ainda que rápido, no começo do mês.  

Os dias estão passando rápido e temos que aproveitar ao máximo. 
Vamos sair agora para fazer mais um monte de coisa com o João e já voltamos com cenas dos próximos capítulos...




quinta-feira, 14 de maio de 2015

Bélgica - Home away from home

Não bastassem a viagem para Orlando, a conexão em Atlanta e a viagem para Paris na sequência, dois dias depois nos "empirulitamos" da França para a Bélgica, onde tínhamos um casamento. 
Pegamos o TGV de Paris para Lille e lá nossos amigos Natalie e Carlos nos buscaram de carro e nos levaram para Zulte, na Bélgica. 

Acho que dá para cravar que o João gostou de viajar de trem, né?

Aqui nossos anfitriões, Eddy e Annemie, grandes responsáveis pela continuidade da alegria do João depois que chegamos. 
João nunca comeu tão bem! Nem lá em casa... Frango orgânico, peixe fresco, suco de maçã purinho da fazenda, iogurte natural, frutas doces e variadas. Um verdadeiro banquete! 
Dentre todas essas comidinhas maravilhosas, aqui está uma das que fez mais sucesso:
Um biscoito que, triturado e misturado com banana, suco de laranja e morango ou kiwi, vira uma papinha que agrada tanto o bebê quanto a mãe. Era uma colherada para o João, uma pra mim! 

Além das melhores comidas, João ampliou seu cardápio comendo grama...

e quaaaaase comendo as melhores "fritjes" do mundo!

A Bélgica é um país perfeito para os amantes da mesa farta e da melhor cerveja. Além disso, para nós é o país dos amigos que tão bem nos recebem. 

Foi demais rever o Simon, nosso companheiro de viagem no Peru em 2012!

E o Johan, quase xará do João, que mesmo só falando holandês, consegue deixar claro o quanto gosta de nós. 

Sem falar na Vanessa e no Bjorn que saíram de um almoço na Holanda e foram nos encontrar em Gent. 

Não posso deixar de falar do casamento, razão maior da nossa vinda à Bélgica dessa vez. 
Festa linda, comida perfeita (nunca comemos melhor), noivos animados e felizes. De quebra, um show à parte dos amigos que se vestiram de freira, padre e Elvis. 

Foram poucos dias, mas comemos, bebemos, dançamos, demos risada e matamos a saudade dos amigos. 
Nós sempre nos sentimos em casa aqui e por isso sempre voltamos!
Tive que corrigir o Eddy quando ele falava de lugares que poderíamos visitar e disse: "se vocês voltarem à Bélgica..."
A frase correta, quando o assunto é Bélgica, é: "QUANDO vocês voltarem..."
Tot Ziens!!!







segunda-feira, 11 de maio de 2015

João em Orlando - again!

E lá vamos nós de novo nos aventurar com o João pelo mundo, desta vez numa viagem ainda mais longa e, se tudo der certo, mais divertida. 
A parte boa da viagem começou no lounge da MasterCard Black, no aeroporto de Guarulhos, onde pudemos comer, beber e alimentar o João à vontade e confortavelmente. 


Foi um alento para quem, horas antes, estava fazendo B.O. por perda de documento, bloqueando cartão de crédito e pegando taxi na rua porque o transfer contratado pelo concierge da Amex deu o cano!

O perrengue pré viagem não abalou a alegria do João e a sua satisfação com o lounge. 

Viajamos com o João no canguru, porque compramos um carrinho novo pela Amazon que foi entregue no nosso hotel em Orlando. 
Claro que, para o maridão poder viajar com o bebê assim, são necessárias duas coisas: 
1. Poucas malas;
2. Uma esposa forte para carregá-las... 💪

A foto a seguir mostra uma verdade e uma mentira. A verdade é que viajamos de economy comfort e a mentira é que o João não tinha um assento só dele. 

  Recomendo muito o upgrade para a economy comfort sempre que possível, porque o espaço, ainda que pouca coisa maior do que na economy "descomfort", faz uma grande diferença para quem viaja com bebê e aquela tralha toda que faz a gente parecer um retirante.
A viagem foi punk! Voo lotado, João grudado em mim, só querendo o meu colo, Fernando querendo ajudar e chateado porque não conseguia... Mas sobrevivemos e, depois de uma conexão em Atlanta, chegamos à terra do Mickey. 

Foram poucos dias em Orlando e fizemos a correria de sempre para dar tempo de fazer tudo.

Na hora das compras, toda essa correria deixou alguém entediado... Estava muito quente e o João, que sempre dorme no carrinho, ficou acordado o tempo todo. 

Depois das compras no outlet da Vineland (só tínhamos tempo de ir a um e ele parece ser o melhor), fomos ao Magic Kingdom e lá, finalmente, o sono veio implacável. 

 Descansado, o João acordou bem humorado, foi aos brinquedos e até interagiu com personagens.


Chegamos por volta das 16h no parque, justamente para aguentarmos ficar até os fogos no final, às 22h. 
Deu certo, só não estávamos preparados para que aquele dia tão quente se transformasse numa noite fria. 
O jeito foi correr a uma das muitas lojinhas do MK e providenciar um moletom para o João.

Às mães com TOC de limpeza e medo de germes, fica aqui o registro de que, obviamente, o moletom não foi lavado antes do primeiro uso.
João ficou lindo e, de quebra, ainda ganhou uns anticorpos!