sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Ano novo e os "erros de gravação"

Uma vez uma amiga me perguntou: o João está sempre sorrindo? Porque eu nunca vi uma foto dele chorando! Respondi: claro que não. É que quando ele chora eu pego ele, não a câmera...
E para desmistificar um pouco essas fotos fofas aqui do blog, que podem dar a impressão de que o João não parou de sorrir, resolvi listar alguns perrengues e dificuldades que enfrentamos com ele nos últimos 15 dias. 

1. Fomos à loja da Apple do Florida Mall para que resolvessem um problema com a câmera do celular do Fernando. Enquanto ele entrou na loja, fiquei do lado de fora dando papinha para o João.  Assim que a papinha acabou, enquanto eu ainda juntava a tralha toda, João pulou do sofazinho e saiu empurrando seu carrinho. Antes de eu conseguir alcançá-lo, o carrinho e ele se espatifaram no chão. Choros, gritos e uma boca cheia de sangue. Aí foi a minha vez de gritar. Entrei na Apple que nem uma louca, empurrando o carrinho, carregando o João e o pote vazio de papinha e gritando: FERNANDOOOOOO! Felizmente foi só um corte na boca, nada com os dentinhos. Dei uma capinha de iPad para ele jogar no chão e o choro logo passou. 

2. Perdemos o show de fogos de encerramento do Magic Kingdom porque o João estava com uma mega diarreia. Tivemos que trocá-lo umas quatro vezes no parque. Como agora ele não para um minuto, teria sido mais fácil trocar um sagui dez vezes. 

3. Indisposição para fotos. 
Nessa aqui, nem a roupa parecida com a do pai convenceu o moçoilo a ficar quieto no colo. 

4. Antes do tour na casa mal assombrada de Savannah, almoçamos num Café ali perto. Acabado o almoço, quando tiramos o João do cadeirão, vimos que a diarreia tinha voltado e ele estava todo vazado. Não tinha onde trocá-lo e nos indicaram um hotel Hilton do outro lado da rua. Fomos entrando e não vimos ninguém. A situação era emergencial e não dava para pedir permissão. Achamos o banheiro com trocador e começamos a operação de guerra. João estava atacado, gritando e se mexendo mais do que mil saguis. Sabem aquela expressão "parece que está matando"? Pois é, pareceu mesmo... Dois homens saíram da conferência que ocorria no hotel e vieram, genuinamente preocupados, ver o que era. Disseram que acharam que alguém estava sendo morto e só sossegaram quando viram o João são e salvo. 

5. O carrinho mais barato nunca é o mais confortável. 
Comemorei essa soneca do João mais do que o Galvão Bueno depois que o Baggio errou o pênalti. João passou a viagem toda sem dormir um segundo sequer nesse carrinho. Foi só no último dia de viagem, antes do último passeio que ele se rendeu. 

6. "Houston we have a problem". Lembram da passagem mais barata com conexão? Então, a volta foi via Houston, onde caía uma tempestade monstruosa durante a aproximação do avião. Quase fomos redirecionados para San Antonio, mas ainda bem que o avião conseguiu pousar e, na maior correria, trocamos o João (hora boa para ele aprontar...) e pegamos o voo para o Brasil. 

Viajar com criança não é fácil, mas a cada viagem nos convencemos mais e mais de que é uma experiência saudável e transformadora. 
Transforma troca de fralda em crime, carrinho em cabide, bebê em sagui e km rodado em horas de convivência familiar  intensa e prazerosa. 
Até a próxima transformação!










quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Ano novo em Charleston

Depois de Savannah, a próxima e última parada foi Charleston, na Carolina do Sul. 
Antes mesmo de irmos para o hotel, fomos direto para a Magnolia Plantation & Gardens, antiga propriedade aberta para visitação. 
O lugar é lindo, com natureza e história muito bem preservadas. 
O que atrapalhou um pouco a visita foi o frio. O termômetro estava marcando 3°C, mas a sensação térmica, com o vento, era muito pior. 
Quem sentiu menos frio foi o João, graças a sua "fantasia" de esquimó. 

Como nada é tão frio que não possa congelar, o passeio guiado era num trenzinho TODO aberto. 
Havia até cobertores nos assentos, mas o João não queria saber de nem mais uma camada de roupa. Não quis o cobertor e, uma bela hora, resolveu que também não queria ficar de tênis e meia. Maior perrengue segurar o João, manter seu tênis no pé, o cobertor nas costas e além disso não cair no lago cheio de jacarés bem ao nosso lado. 

Um dos dias mais frios da nossa vida, mas as paisagens eram maravilhosas e valeram a sinusite que se avizinha. 



Sobrevivemos à friaca e fomos para a cidade de Charleston (só eu que ouço o nome dessa cidade e penso: "só quem dança sabe o que é bom"?). 
Frio, frio e mais frio. Preferimos descansar mais cedo e contamos com a previsão do tempo de que os dias seguintes seriam mais quentes. 
Previsão confirmada! O frio congelante virou um frio tolerável e pudemos finalmente fazer o que mais gostamos quando viajamos: andar por aí. 
Numa dessas andanças, do nada, no meio do quarteirão, vimos um caminho lindo, todo cheio de árvores, e uma placa dizendo que por meio dele se chegava a uma igreja. Entramos na hora! 

Só faltou constar na plaquinha que o caminho também levava a um cemitério!
                   - João, o destemido - 

Muita andança esvazia a pança! Fomos almoçar no Magnolias e, até onde sabemos, o restaurante não tem nenhuma relação com a Plantation. 
A comida é sensacional!!! Imperdível! 
João mais uma vez se comportou como um lorde. Giz de cera faz milagres. Esperamos que o Vanish também faça na toalha da mesa (oops...).

Outro passeio que o João adorou foi o Museu de Charleston. Tem uma área interativa só para crianças, além de vários bichos empalhados. 

João encarou o urso polar e não fugiu da briga. 

Ainda saímos para jantar e, a julgar pelo destino desse dinossauro emprestado pelo restaurante, o urso polar nem imagina o risco que correu... 



terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ano novo em Savannah

Depois de uma semana na terra do Mickey, pegamos o carro e fomos até Savannah, terra do Forrest Gump. 
Chegamos tarde, depois de uma longa viagem, e fomos comer num restaurante perto do nosso hotel, chamado Vic's. Muito bom! Comida, ambiente e serviço impecáveis. E ainda deram giz de cera e papel para o João.
Com ele distraído, conseguimos sentir o gosto da comida. Quando ele está atacado, nós só comemos para encher o tanque mesmo.  

No dia seguinte fizemos um city tour por vários pontos turísticos e foi ótimo para conhecer mais dessa cidade tão bonita e com a história tão bem conservada. 

Depois do tour, pausa para o almoço no Belford's Savannah Seafood & Steaks. Ensinamos o João a brindar e ele não queria fazer outra coisa. Tivemos que brindar com água, porque com vinho, naquela velocidade, ficaríamos rapidamente embriagados. 

No dia seguinte, visitamos o Old Fort Jackson, fortaleza construída no início do século XIX às margens do Savannah River. 
Todos os dias, em horários diversos, eles fazem uma reconstituição com disparo de canhão. 

João prestou atenção na explicação que é dada antes e até descobriu como eram algumas balas. 

E foi só a explicação que ele viu mesmo, porque o tiro faz um barulho muito alto e achamos melhor tirá-lo de perto para que ele não assustasse. 

Ele reclamou na hora, mas rapidinho esqueceu e se esbaldou correndo pelo forte. 

À tarde o programa foi uma visita a uma casa mal assombrada, por onde já passaram todos os programas de TV estilo "caça fantasmas". Segundo o guia, todos comprovaram a existência de alguma atividade paranormal ali. 
Não vi nenhum quadro virando os olhos e confesso que foi um misto de decepção e alívio! 

Fizemos uma selfie antes de entrar e João, mostrando toda a sua coragem, não esboçou um medinho sequer!

De repente tudo mudou! Será que ele viu algum fantasma?




Ano novo nos arredores da Disney - Winter Park e Celebration

Nessa viagem decidimos aproveitar o tempo livre para conhecer duas cidadezinhas próximas a Orlando: Winter Park e Celebration. 
Li bastante a respeito das duas e o que eu mais encontrei foi que Winter Park tem uma ótima loja de vinhos e que em Celebration tem a casa de férias do Silvio Santos. 
Comecemos por Winter Park, já que a loja de vinho nós encontramos. Ela chama Wine Room e além de vender garrafas a preços justos, também oferece taças naquele sistema de cartão pré pago. 
Enquanto o Fernando se divertia mais do que criança na Disney, coube a mim a difícil missão de entreter o João naquele ambiente tão pouco "kid friendly".
Consegui conter seu ímpeto destruidor com uma coisa muito simples, mas que ele adora: subir e descer escadas!

Depois de quase rasgar o tapete da escada de tanto ir e vir, saímos da loja e fomos ao parque que tem bem em frente. 

João ficou paralisado vendo o trem passar bem ali no meio da praça. 

E recuperou seus movimentos assim que o trem partiu. Não parou de correr um minuto, como de costume. 

Claro que a loja de vinhos é um grande atrativo, mas Winter Park atrai por outros motivos também. A cidade é linda, bem cuidada e muito charmosa. Fica perto de Orlando e vale o passeio para quem quer sair um pouco da rotina parque-compras. 

No dia seguinte fomos a Celebration e vimos várias coisas, menos a casa do Silvio Santos. 
A cidade foi pensada pelo Walt Disney então já dá pra ter uma ideia da perfeição surreal das construções. Apesar de não ter nada ligado aos personagens da Disney, fiquei com a impressão de que o Mickey poderia sair de dentro de uma das casas a qualquer momento. 

O Mickey ou o Darth Vader...

Quem não apareceu de jeito nenhum foi o Silvio Santos. Até andamos pela cidade procurando a casa dele (não tinha o endereço exato, só uma foto), mas nada. 
Uma pena! Eu já tinha até imaginado como seria nosso encontro.
Eu: Oi, Silvio.
SS: Mah, oi!
Eu: (lágrimas de emoção).


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Ano novo na Disney - Controvérsia e mensagem subliminar

Nesse post vou dar a cara a tapa para quem quiser criticar algumas medidas que adotamos aqui. 
A primeira delas, e talvez a mais controversa, é a mochila que compramos para o João, que vem com uma cordinha que os pais podem segurar enquanto o bebê passeia por aí. 
Confesso que a primeira vez que vi uma mãe usando isso foi um choque, mas só quem já correu atrás de uma criança desembestada no meio da multidão sabe a utilidade desse treco. 
Decidi eu comigo mesma que não usaria a corda para puxar o João, a não ser numa emergência. Então tive que correr o tempo todo atrás dele para manter a cordinha solta o suficiente para ele se sentir livre.
 
Aparentemente ele se sentiu feliz com a mochila e a imaginária liberdade. 

A outra medida, muito criticada pelas mães mais naturebas, é a utilização de papinhas industrializadas. Para viagens não muito longas e em restaurantes com poucas opções para crianças, não vejo escolha melhor. 
Essa da foto compramos na Babies R Us e é orgânica, super balanceada. João adorou e comeu sozinho enquanto eu e o Fernando mandávamos ver no hambúrguer com milkshake. 

Não que esse seja o nosso ideal de refeição, mas o pneu do carro que alugamos furou ali perto e era o restaurante mais apresentável da região. 
Tivemos que esperar por uma hora, enquanto arrumavam o pneu. Por sorte, proteção divina ou alinhamento dos astros, o carro acusou que um dos pneus estava muito mais murcho quando estávamos ao lado de um lugar que arrumava pneus furados DE GRAÇA!

E é aí que eu acredito na mensagem subliminar. Último dia do ano, nós cheios de expectativas para 2016 e o que se afigura a nossa frente???