quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Paris vista por João

Paris foi a última parada da nossa aventura. Aqui conseguimos relaxar, descansar e aproveitar a cidade luz no ritmo do João. 
João adora a torre Eiffel e consegue reconhecê-la até em um minúsculo ímã de geladeira. Agora que ele está maiorzinho, subimos com ele até o meio da torre e ele adorou ver a cidade de cima. 

João também fez questão de ver a cidade de muito baixo.  

Mas nada se compara à sua alegria ao ver a Paris subterrânea, nas estações de metrô. Era tanta euforia e tantos gritos de OBAAAAA quando o trem chegava à plataforma que não tinha um que não olhasse. 

Sempre pensamos em passeios que possam agradar o João, mas já aprendemos que com ele a diversão pode ser encontrada em qualquer lugar, até no transporte de um rolo de plástico bolha. 

Aprendemos também que restaurantes chiques com copos de prata são maravilhosos. 

Mas que piqueniques na sala com copo de papelão dos Minions são sensacionais!

Por duas noites conseguimos ver o exato momento em que a torre Eiffel começa a piscar, às 21h. Ali, agachados ao lado do carrinho (só levantei para tirar a foto), nos dividíamos entre olhar o show de luzes e o show de expressões de encantamento no rostinho do João. 

Assim foram esses mais de 30 dias de viagem: João olhando o mundo e nós olhando para ele. 
A viagem chega ao fim e é impossível conter o choro. Choro de alegria, por tudo ter dado tão certo, de gratidão aos amigos que cuidaram de nós no caminho e, claro, de tristeza pelo fim da jornada. 

Pensando bem, acho que meus olhos apenas transbordam todo o colorido acumulado nos mais de 30 dias em que vi o mundo pelos olhos de uma criança. 

Até a próxima p-p-pessoal!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Reims - Champagne, catedral e carinho

Depois de chocolate, cerveja e casa em Zulte (Bélgica), foi a vez de Reims (França) nos proporcionar mais 3 Cs para a conta. 

Só ficamos dois dias e três noites em Reims, na região de Champagne, então não tivemos muito tempo para a rica exploração vinícola que o lugar permite. 
Tivemos tempo de visitar apenas um fabricante de champagne e acabamos indo conhecer o Goutorbe por indicação de amigos que moram lá. 
A colheita estava a pleno vapor e João teve que ficar no colo, porque era muita movimentação de máquinas e pessoal. 
Apesar de aceitar bem a limitação de movimentos, ele não parava de indicar onde ele gostaria de realmente estar. 

Enquanto papai e amigos visitavam a adega do lugar, saí com João para ele dar uma espairecida. O ábaco de joaninha ajudou na missão de fazê-lo esquecer que aquele era um passeio só para adultos. 

Antes de começar a degustação, ao final da visita, a proprietária da cave mostrou ao João uma caixa cheia de brinquedos. João brincou como se estivesse em casa e não queria mais ir embora. 

Num outro dia, fomos visitar a catedral de Notre Dame, local da coroação de todos os reis da França e uma das igrejas mais lindas que já vimos. 
Um coral estava ensaiando e, a cada interrupção do ensaio, João interrompia sua exploração para bater palmas. 

Selfie com a parte externa da catedral e os andaimes usados para o constante trabalho de manutenção. 

E o último C de Reims, o carinho, esteve presente durante todo o fim de semana, graças aos amigos Patrick e Arlette, que nos receberam em casa, e Gérard e Nora, que saíram de Lyon e foram nos encontrar. 

Teve muita disposição do Gérard para acompanhar o corre-corre do João. 

E informações preciosas da Arlette durante o passeio pelo centro de Reims. 

Os tomates que o Patrick cultiva na varanda são os melhores e acariciaram nossos estômagos. 

Depois de um fim de semana delicioso, regado a champagne e recheado de risadas, fica a pergunta que o João devia estar fazendo no momento desta foto:
Por que a gente tem que ir embora? 




segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Verdun (França) e Bastogne (Bélgica) - Na alegria e na tristeza

Fernando adora a história das guerras e conhece tudo sobre batalhas, líderes, aliados e inimigos. Eu acho guerra uma estupidez e a maior prova do nosso atraso como seres humanos. Como lidar? 
Apelo para justamente aquilo que mais faltou na guerra: o amor! Abraço o maridão e vou junto com ele fazer uns tours que só o G. I. Joe faria. 

Chegamos de carro a Verdun e fomos direto para o office de turisme, onde pegamos mapa, panfletos e indicação dos melhores lugares para se visitar. 
Nossa primeira parada foi a cidadela subterrânea que serviu de quartel-general dos franceses durante a batalha, mas a atendente já foi logo dizendo que a visita não era recomendada para crianças muito pequenas, pois elas poderiam se assustar com as encenações em uma trincheira. 
Fernando, com uma cara de sofrimento, diz: vamos para outro lugar então...
Depois de cinco segundos de conversa, consigo convencê-lo a ir sozinho enquanto eu daria uma volta com o João pelas redondezas. 

João e eu deitamos e rolamos na ausência do papai. Literalmente. 

Novamente reunidos, fomos para o Memorial de Verdun, que conta a história desta batalha que aconteceu em 1916.

João se entreteve um pouco com a parte mais tecnológica,

mas gostou mesmo de imitar a Peppa Pig e seus amigos pulando em poças de lama (a mala cheia de roupa suja agradece o chão de vidro que os separava). 

De repente, dentro do museu, João começou com a costumeira correria, mas não conseguiu acabar com a concentração do papai e o fôlego da mamãe, que entre uma foto e outra corria atrás dele. 

Saímos do museu e fomos para um cemitério francês gigante da I Guerra, onde João pôde enfim correr mais livremente. 

Alheio à tristeza do lugar, João esbanjava alegria e corria sem parar de um lado para o outro. De repente parava e ficava quieto. Eu daria meu reino para saber o que se passava em sua cabecinha nesses momentos. 

Outro tour que fizemos foi em Bastogne, na Bélgica. O Fernando achou pela internet e contratou, ainda quando estávamos no Brasil, um guia turístico que nos levou aos principais lugares da Batalha das Ardenas, começando por este monumento em homenagem aos muitos americanos que lá morreram durante a II Guerra. 

Sem ligar muito para a explanação do guia, João se divertiu com sua descoberta de fazer pedrinhas ficarem presas nas ranhuras do pneu. 

Fomos até uma floresta chamada Jack Woods, local de uma das passagens da Batalha das Ardenas, no Natal de 1944, tão bem representada no seriado Band of Brothers. 
Lá, João e Fernando entraram em uma trincheira ainda preservada. É possível ver de longe a felicidade do João e a jaqueta prateada do Fernando, gentilmente emprestada pelo guia contratado porque o frio na floresta é grande, mesmo no verão!

O guia quis agradar o João e propôs nos levar até uma fazenda que cria bisões. Aceitamos e, apesar de esta foto não mostrar muito, João adorou os bichos e até hoje lembra do BI-ZOON. 

A história dos dois lugares é muito bem preservada e, apesar de não me interessar pelo tema, acho que realmente não deve ser esquecida, para que nunca mais se repitam tais atrocidades. 

Precisamos fazer a nossa parte e espalhar o amor.  
João está dando o seu melhor e já está fazendo a parte dele!









quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Strasbourg e Metz - Frio, fome e finesse

No caminho para Metz, nossa base por três dias, fizemos um pit stop em Strasbourg. 
A cidade é muito bonita, mas o tempo não estava lá grande coisa. Não tinha sol e fazia mais frio do que esperávamos. 

Fechamos a jaqueta jeans do João na esperança de que ele fosse ficar mais quentinho, mas não adiantou muito. 

O jeito foi colocá-lo no carrinho e cobri-lo com o meu casaco. João ficou finalmente aquecido e eu peguei uma dor de garganta que me deixou com a voz da Luisa Marilac ("bons drink") até hoje. 

Para esquentar o corpo e a alma, nada como nossa comida favorita. João mais uma vez chegou ao restaurante morto de fome. 

O tempo que passamos em Metz foi mais tranquilo que de costume. Pudemos até andar pelas gôndolas do supermercado sem nos preocupar com o tempo e a falta de espaço nas malas, já tão cheias de roupa suja. 

A catedral da cidade também mereceu uma visita e os vitrais são de deixar qualquer um de boca aberta!

João estava comendo as uvas que havíamos acabado de comprar (lavadas gentilmente pela dona da banca), por isso ficou no seu carrinho durante a visita à catedral. Sentado ou em pé, os vitrais e a luz que entrava por eles eram hipnotizantes. 

Numa das noites que passamos em Metz, fomos jantar numa brasserie muito bem recomendada, mas ela estava fechada para atender exclusivamente aos jogadores da equipe de futebol de Bordeaux. O jeito foi comer no restaurante ao lado, muuuuuuuuuiiiiito mais chique. 
A gente estava no modo "turista de banho tomado". Não estávamos muito largados, mas também não éramos nenhum exemplo de elegância.
Depois do frio e da fome em Strasbourg, era hora de esbanjarmos toda a nossa finesse. 
Eu mostrei minha finesse me controlando e não indo pedir uma selfie com o time de Bordeaux. Fernando fez sua parte escolhendo um vinho legal e conversando com o sommelier com cara de entendido.
João preferiu usar sua própria técnica para comer o farelo de pão à sua frente. Porque ele até que não liga muito para frio, mas fome ele não passa mais!





Colmar - Caminhada que segue

Colmar está sempre na lista de cidades mais bonitas da França, por isso fomos até lá passar o dia, aproveitando que não ficava muito longe do nosso hotel em Rouffach. 

O tempo estava ótimo e foi possível andar bastante pelo centro antigo, parte mais bela, e muito bem conservada, da cidade. 

Há um passeio de barco pelo rio que corta a cidade, mas durava meia hora e achamos que o João poderia se entediar. 

Optamos por um passeio de trenzinho e, enquanto mamãe via se sua foto tinha ficado boa, João olhava atentamente para tudo e mostrava que o melhor mesmo são as fotos mentais. 

O passeio de trem acabou e João estava com tanta fome que até pagou promessa para acharmos logo um restaurante. 

Encontramos um bistrô próximo ao rio e eu posso estar enganada, mas acho que o João ficou feliz com a escolha de seu prato. 

Ainda tivemos tempo de conhecer o Fórum da cidade e tietar o promotor local, mas ele estava numa reunião em outro prédio e não pôde receber a ilustre visita do João. 

Antes de irmos embora da cidade, passadinha rápida pela catedral, onde mais uma vez João mostrou toda a sua independência.  

Em quase todas as igrejas em que entramos, João pede para acender uma vela. Ele entra e fala FOGO. Cada vez faço com ele, em voz alta, um pedido diferente.
Na próxima vez, nosso pedido será para que aquela luz ilumine o novo caminho que um colega de trabalho muito querido passou a trilhar recentemente. Que,  assim como o João, ele continue a caminhar sem medo pelo novo mundão.  





terça-feira, 20 de setembro de 2016

Mulhouse - Museus do Trem e do Automóvel

No nosso segundo dia em Rouffach, aproveitamos o tempo chuvoso e fomos para uma cidade vizinha, chamada Mulhouse, para visitarmos dois museus que certamente fariam sucesso com o João. 
Comecamos pelo museu do trem e o João amou!
Apesar de o museu dos transportes de Londres ser mais interativo, esse também tinha lá suas interações e João aproveitou todas que podia. 

Não se enganem com essa foto. João não ficou parado na escada para tirar foto. Ele simplesmente não queria sair dali!
Ele dizia: TREM. AMIGO. E não queria arredar pé. Tentamos várias abordagens para convencê-lo, mas nenhuma funcionou. O jeito foi colocá-lo no ombro e sair gritando: "quem quer comprar um porquinho?"

Teve ainda uma parada estratégica na brinquedoteca, de onde João só saiu para dar uma volta em um trem de verdade. 
Tentei tirá-lo dali no ombros antes, no mesmo estilo vendedora de porquinho, mas ele gritava tanto que parecia que o porquinho estava pururucando vivo!

A chuva continuava sem dar trégua, então rumamos para o museu do automóvel. 
João parecia não acreditar que estava diante de tanto carro junto. 

O museu é tão grande que dentro dele é possível fazer um tour motorizado. 

É realmente um museu muito interessante e atraente para todas as idades, mas uma bela hora o João só queria saber de mostrar sua habilidade em subir e descer escada sozinho. 

João exibiu outras habilidades, mostrando que o automóvel foi uma grande invenção, mas nada que se compare ao túnel portátil. 

O dia dos museus acabou, mas a chuva e o show de habilidades do João continuavam. Na hora de voltar para o hotel, João mostrou seu lado Gene Kelly e carregou sozinho, com garbo e elegância, o guarda-chuva até o carro. 

Papai e mamãe tomaram chuva felizes da vida, afinal, caía menos água do céu do que de suas bocas babonas... 😍😍